domingo, julio 15, 2007

Representando a assimilação genética

Refletindo sobre como representar a assimilação genética, me dei conta de como é simples e elegante o fazer a partir dos diagramas e idéias do Maturana. Talvez ele mesmo ou outros já o fizeram. Enfim, é bastante óbvio. Como o sistema vivo está em constante epigênese e esta epigênese é sempre realizada em um meio com o qual ele mantém relações, algumas estruturas dependem destas relações para existirem (a-b). Se o ambiente muda e a estrutura permanece a mesma, ocorreu uma assimilação, i.e, a relação com o meio não é mais necessária para a existência daquela estrutura (b-c):



A abordagem do Maturana (assim como também a da Susan Oyama) encara o organismo como um sistema em contínuo processo de desenvolvimento em um determinado meio. Desta forma, o fenômeno de assimilação não depende de internalizações genéticas e pode ser teorizado de maneira muito mais parsimoniosa.

A biologia está começando a abrir o olho novamente para a importância das relações com o meio durante o desenvolvimento (e.g. Van Der Weele, 1999; Gilbert, 2001). Pena que muitas vezes isto é encarado como o cume (ou cúmulo) da seleção natural: o meio desengatilha programas genéticos alternativos, cada um adaptado a um meio alternativo.



Gilbert, S. F. Ecological developmental biology: developmental biology meets the real world. Dev Biol, v.233, n.1, p.1-12. 2001.

Van Der Weele, C. Images of Development: Environmental Causes in Ontogeny. New York: State University of New York Press. 1999

6 comentarios:

A. Vargas dijo...

Chico, te voy a enviar por email los dibujtios que hicimos con Mpodozis!

A. Vargas dijo...

excelente, excelente

Roberto E. Yury Yáñez dijo...

Vieron el Nature de hace un par de semanas con el "especias" (palta mayo) de epigénesis??? q les pareció???

Anónimo dijo...

O especial da Nature, assim como o da Cell e há alguns anos o da Science foi sobre epigenetics, definida estritamente como herança de modificações não-DNA que alteram a expressão gênica (principalmente padrões de metilação e organização da heterocromatina.
É muito diferente de epigêneses (e o adjetivo derivado epigenético). Epigêneses se refere ao processo de desenvolvimento. Se refere a idéia que o desenvolvimento é um processo contingente, não programado, em constante regulação e interação.
A epigenética stricto sensu presume o contrário. Presume que o desenvolvimento é controlado pela expressão dos genes, que o desenvolvimento é um processo determinado. Atribuir a regulação dos genes a outras estruturas que os próprios genes continua sendo mais perto do preformacionismo do que da epigeneses.

Cobalto dijo...

"desenvolvimento é um processo contingente"

Ese es punto bien poderoso, quisiera hacer un apendice al comentario de la figura,
cuando la estructura se mantiene y encontramos cambios de medio, es posible tambien que los rasgos que se mantienen a pesar del cambio de medio permitan ese cambio (ie la radiacion a otros ambientes).

Ahora, me parece que un fenomeno interesante de discutir bajo el marco onto-filogenetico, maturanico o de sistemas de desarrollo (como les guste mas), son los montones de casos donde en un determinado grupo, algun rasgo que permite un tipo nuevo de relacion organismo-ambiente, se origina multiples veces en la evolucion, o sea aparece desparramado en la filogenia, un caso de eso es el metabolismo CAM en plantas, el origen de la viviparia*, etc..

Diablete


Aqui un paiper de origen multiple de la viviparia en gastropodos asiaticos:

http://download.naturkundemuseum-berlin.de/frank.koehler/koehler%20et%20al.%20evolution.pdf

A. Vargas dijo...

Claro, tienes razón, la asimilación genética de un rasgo esencial permite prescindir de un medio particular, habilitando la posibilidad de un cambio de medio.

Hay que mantener en cuenta que la plasticidad también puede facilitar las transiciones de medio, con el desarrollo epigenético de rasgos que responden de inmediato a una nueva condición ambiental.